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Foto do escritorThiago Lugão

Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02




Seja bem vindo à discussão sobre “Por que os cronogramas furam”. Caso não tenha lido os dois primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.


Apenas para relembrar sobre o que falamos no anterior, listei uma série de problemas técnicos que os planejadores cometem ao elaborar o cronograma do projeto e abordei sobre o - Uso demasiado de relacionamento tipo II (Início - Início) ou TT (término – Término).


Neste artigo irei abordar sobre “Quebra de lógica no cronograma”. Mas o que seria uma quebra de lógica?


Vamos lá?


Quebra de lógica em um cronograma seria toda interrupção da sequência lógica das atividades, ou seja, loops entre atividades, sucessora começando antes da predecessora, atividade com data de início no futuro com avanço físico diferente de “zero”, atividade para iniciar com data no passado, atividades sem predecessora ou sem sucessora, sequenciamento sem lógica com a realidade, entre outras.


Começando pelo primeiro problema, loops em um sequenciamento de atividades é o mais fácil de se perceber, pois geralmente os softwares de gestão de cronograma apresentam por defaut um dispositivo de correção. Basta corrigir a dependência que está errada, tirando aquele caminho de um sequenciamento cíclico.


Em relação à segunda quebra de lógica, observo com mais frequência quando o planejador é desatento, e acaba atualizando o avanço físico da sucessora esquecendo de atualizar a atividade predecessora.


Uma forma de não tropeçar neste item é aplicar um filtro nas atividades que serão atualizadas no período em questão e estar sempre observando a sequência das atividades. As soft logic ou dependências arbitradas, muitas das vezes sofrem variação e é necessário que o planejador esteja ligado nisso. Lembre-se sempre que o cronograma é um modelo da realidade, e deve retratar o mais fiel possível esta.


Em relação às atividades que estão com a data de início no passado em relação ao “data date” ou “data de status” do cronograma é um erro frequente nos cronogramas que já tive a oportunidade de analisar. Este problema “extingue” com a confiabilidade do cronograma por completo. E se a atividade errada estiver no caminho crítico ... Clame a Deus !!


Para evitar este tipo de problema no software primavera, basta apertar F9 e estipular como data de status a data de validade das informações inseridas no cronograma. No MS-Project, basta ir em Tools > Traking > Update Project. Algo tão simples, porém que vejo acontecer em inúmeros cronogramas mesmo depois de ter orientado o planejador a respeito do assunto.


Este próximo ítem é o mais simples, pois sabemos que as únicas atividades que podem ficar sem predecessora e sem sucessora em um cronograma são o marco de início e marco de término, respectivamente. Mas espere !! Não basta verificar se a coluna de predecessora ou sucessora está vazia na sua lista de atividades. É necessário que todas atividades ou marcos tenham pelo menos 01 predecessora do tipo II ou TI e uma sucessora do tipo TT ou TI. Suas consequências já foram abordadas no artigo anterior.


Finalmente chegamos no último item que será abordado hoje, relacionado ao sequenciamento lógico das atividades não correspondem com a realidade.


Muitas das vezes, verifico cronogramas que parecem uma teia de aranha. Você olha o sequenciamento lógico e não consegue perceber uma certa lógica naquilo. Sem contar quando a equipe de obra tem uma estratégica de ataque nas frentes de obra diferente do que o cronograma informa. Confiabilidade “zero”.


Para não cometer este último tipo de erro, tenha sempre em mente que o cronograma é de responsabilidade de todos. Portanto, a opinião especializada do “dono” daquela disciplina tem que sempre estar presente no seu modelo de cronograma. Até porque, o planejador não tem que saber tudo, mas tem que saber sempre quem tem a informação que ele precisa.


Mais cuidado ainda, se a dependência lógica for do tipo externa, ou seja, aquela atividade tiver ligação com uma atividade externa ao projeto. É crucial que o planejador entenda o processo externo.


Portanto, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu blog.


Aguardo seus comentários e até sexta, dia 12-08, com a terceira parte deste artigo.


Obrigado.


Artigo 01 : É o cronograma, estúpido.

Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01

Blog: http://www.engenheirolugao.com.br/#!blog/o0ay7

Site: http://www.lugaoconsultoria.com.br/

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