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Foto do escritorThiago Lugão

Falta de alocação de recursos no cronograma


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Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os quatorze primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.


Na primeira sessão abordei a falta de habilidade técnica do Gerente de projetos e sua equipe na elaboração do cronograma. Dia 10/10 encerramos a segunda sessão, onde discutimos a segunda causa de atraso dos cronogramas: Não utilização do cronograma como ferramenta de análise. Nesta terceira sessão, irei abordar a terceira causa de falha dos cronogramas: Falta de alocação de recursos. Ao todo já são 14 artigos apontando as principais causas de atraso dos cronogramas.


Esta terceira sessão será única, sem divisão em vários artigos, como de costume.


Vamos lá?


Quem nunca trabalhou com um cronograma sem recursos alocados que atire a primeira pedra. Apesar de sabermos que isso é totalmente errado, muitos planejadores insistem em trabalhar desta forma devido a inúmeros motivos. Posso listar como uma das principais desculpas é o alto dinamismo da obra.


Concordo que a obra é dinâmica, recursos mudam de posição o tempo todo, e muitas vezes são alocados em várias atividades diferentes ao logo do dia, perdendo, desta forma, rastreabilidade.


Entretanto, não podemos justificar um erro por causa de outro erro. Se a obra desvia recursos o tempo todo de uma atividade para outra, é porque a cultura do planejamento não existe, e sim do vai tocando a obra. Diante deste fato exposto, vou deixar uma pergunta: Por que uma fábrica consegue executar as atividades planejadas de forma organizada? Não aceito como resposta a justificativa que na fábrica se trabalha com processos e a obra é um projeto, até porque esta é formada por vários processos padronizados em suas normas regulamentadoras.


Logo, verificamos que nossos colegas conseguem trabalhar de forma uniforme em uma fábrica. Desta forma, sem tentar justificar nossos equívocos, vamos voltar ao tema da falta de alocação de recursos no cronograma, pois este erro, nos leva a dimensionamentos errados de durações, programações de atividades erradas e perdas de produtividade em campo. Um cronograma sem recursos é uma ferramenta irreal. É semelhante a um físico tentar explicar a velocidade de queda de um corpo ignorando a grandeza física da resistência do ar.


O guia PMBOK 5ª edição, lista duas técnicas de otimização de recursos de extrema eficácia no processo de desenvolver o cronograma do projeto. São elas: Nivelamento e estabilização de recursos. A primeira técnica ajusta as datas de início e término das atividades com base nas restrições de recursos, equilibrando a demanda com a oferta destes. A segunda tenta fazer o mesmo, porém tem como principal regra não deixar que as atividades do caminho crítico atrasem. Desta forma, esta segunda técnica tira um pouco o grau de liberdade da técnica, podendo não ocorrer a otimização por completo do cronograma.


Independente da técnica que será utilizada, podemos verificar que a otimização de recursos só pode ocorrer se o cronograma possuir recursos alocados. Desta forma, o planejador consegue se antecipar aos conflitos de recursos que possam ocorrer na obra, ou até mesmo evitar de programar atividades que não poderão ser executadas por falta de recursos disponíveis. Com isso, iremos diminuir os empréstimos de mão de obras ou equipamentos para outras frentes de trabalho que não tenham sido planejadas. Além da melhora na produtividade, o projeto irá melhorar em vários quesitos, como os custos de execução das atividades, organização, qualidade das tarefas, logística dos equipamentos, alto estima dos colaboradores, comunicação, etc.


Portanto, alocar recursos no cronograma não é apenas atender a uma necessidade de qualidade nesta ferramenta, e sim um benefício global, pois impactará em todas as áreas do conhecimento dentro do projeto. O gerente de projetos serve para apenas uma coisa dentro do empreendimento: Diminuir o grau de entropia deste. E tudo que corrobora para este fim, e alocar recursos não fica de fora, é dever do líder aplicar.


Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.


Aguardo seus comentários e até segunda, dia 24-10, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental.


Obrigado.




Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.


Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.


Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.


Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.


Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.


Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.


Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.


Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.


Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise



















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