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Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os artigos anteriores, no final desta postagem tem o link para eles.
Enfim, estamos chegando ao final desta discussão. Ao todo já foram abordadas 22 causas do porquê os cronogramas atrasam. Estes artigos foram agrupados em 6 sessões. Hoje será apresentado a sexta e última, a qual foi dividida em apenas 2 temas.
O tema de hoje a ser abordado é “Análise de risco precária ou ausente”.
Vamos lá?
É notório que todo projeto está sujeito a riscos, seja ele técnico, externo, organizacional, ou de qualquer outra fonte. Portanto, não podemos afirmar de forma determinística que a duração de uma atividade será “X” dias. O mais razoável é trabalharmos com uma janela de possibilidades de durações para as atividades, deixando claro que esta poderá ser concluída em “X”, “Y” ou “Z” dias, o que damos o nome de estimativa de duração. Este termo nos remete à análise de “três pontos”, que junto com o trabalho de alocação de riscos, nos dá a matéria prima para a análise de Monte Carlo. Explicando de forma bem “en passant” esta ferramenta de análise, inúmeros cenários de cronogramas são gerados, e no final dos cálculos um gráfico de frequência é gerado com as possíveis datas previstas de término do cronograma com suas respectivas probabilidades de ocorrência. Ou seja, ao invés de afirmarmos que um projeto irá terminar em 20 de outubro de 2018, a ferramenta nos mostra que existe uma probabilidade de 45% para o projeto terminar nesta data. Com esta informação em mãos, poderemos atuar nos riscos identificados para aumentarmos a probabilidade de terminarmos o projeto na data acordado com o nosso cliente. Caso queria saber mais sobre este tipo de análise, ver - http://www.engenheirolugao.com.br/single-post/2016/03/03/M%C3%89TODO-DE-MONTE-CARLO-PARTE-2 .
Esta ferramenta de análise faz parte do processo de análise quantitativa dos riscos, o qual se encontra entre outros 5 processos da área do conhecimento de gestão dos riscos (de acordo com o guia PMBOK 5ª edição). O gerenciamento dos riscos é uma área imprescindível para que o projeto termine dentro do prazo e do orçamento estimado.
Por este motivo, gerenciar riscos em um projeto é o papel principal de um gerente de projetos. Quando criamos um cronograma, ou controlamos a qualidade de uma entrega, ou motivamos uma equipe, ou controlamos as mudanças de escopo, estamos na verdade gerenciando riscos. De uma maneira simples, o gerenciamento de projeto é uma disciplina para gerenciar riscos de falha no projeto, e que busca manter esse valor o mais baixo possível durante o ciclo de vida do projeto. Em outras palavras, o gerente de projetos gerencia os riscos da desmotivação da equipe, o risco da falta de qualidade, o risco do atraso na entrega, o risco da insatisfação do cliente, o risco de falta de comunicação entre as partes da equipe, o risco da inoperância de um fornecedor, etc.
Diante de tanto risco que um projeto está exposto, só resta ao gerente de projetos criar reservas de contingências para estes riscos identificados e uma reserva gerencial para os riscos não identificados. Foi-se o tempo em que o líder de projetos justificava suas improdutividades e consequentes atrasos nas causas dos riscos. Estamos passando por mudanças neste país, e desculpas não são mais toleradas. Não importa se é caso fortuito ou de força maior, você terá que ter uma resposta na ponta da língua pra atuar de forma preventiva ou corretiva aquele risco, seja diminuindo sua probabilidade de ocorrência ou minimizando seu impacto no cronograma ou orçamento do projeto.
Portanto, não basta termos um cronograma baseado em índices coletados em obras ou periódicos mensais, é necessário realizarmos uma análise estatística bem embasada, para quando o problema vier, ele seja mitigado e seu impacto no cronograma seja mínimo. Apenas desta forma, seremos conhecidos como gerentes cumpridores de datas, performadores.
Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.
Aguardo seus comentários e até segunda, dia 07-03, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental elaborado no primeiro artigo.
Obrigado.
Blog: http://www.engenheirolugao.com.br/#!blog/o0ay7
Site: http://www.lugaoconsultoria.com.br/
Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.
Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.
Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.
Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.
Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.
Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.
Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.
Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.
Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 15 - Falta de alocação de recursos no cronograma
Artigo 16 - Estimativas de durações inadequadas – parte 01 – Cronograma dos fornecedores não integrados com o do projeto”
Artigo 17 - Estimativas de durações inadequadas – parte 02 - Utilização de “gordura” ao invés de Buffers.
Artigo 18 - Estimativas de durações inadequadas – parte 03 – Técnica mal empregada
Artigo 19 - Falta de comprometimento das disciplinas – parte 01 – EAP errada
Artigo 20 - Falta de comprometimento das disciplinas – parte 02 – Pacotes mal dimensionados.
Artigo 21 - Falta de comprometimento das disciplinas – parte 03 - Informações operacionais sem confiabilidade
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