Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o décimo terceiro dos dezesseis tópicos sobre o tema “O cronograma das epcistas não possuem os pré requisitos para serem utilizados no processo quantitativo de riscos”.
Então vamos lá:
Para termos um processo quantitativo de riscos confiável, necessitamos que todos os processos anteriores tenham sido bem elaborados. É necessário ter levantado um número equilibrado de riscos do tipo ameaça e oportunidades e qualificado de acordo com um padrão ou regra estipulado no plano de gerenciamento de riscos. Entretanto, o processo quantitativo de riscos não depende apenas dos processos desta área do conhecimento. É necessário que os cronogramas que irão passar pela análise quantitativa de riscos estejam obedecendo as melhores práticas de gestão de cronogramas. Existem inúmeras técnicas de análise quantitativa, porém quero abordar a análise de monte Carlo, que é o clímax da análise quantitativa.
Se você não conhece as melhores práticas de gestão de cronogramas, irei deixar aqui dois links: clique no “aqui” e seja levado para um artigo onde abordo os 14 pontos de avaliação de cronograma (14 DCMA points) e baixe clicando no “aqui” o guia de análise de cronograma mais famoso que existe – GAO (Schedule Assessment Guide” com as melhores práticas de gestão de cronogramas de projetos.
Logo, para termos saídas confiáveis em uma análise de monte carlo, é preciso que as entradas sejam as melhores. Entretanto, o que percebemos são epecistas entregando cronogramas inúteis, que apenas reflete o descaso que a própria empresa faz da área de planejamento. Cronogramas que não refletem a realidade: caminho crítico diferente da realidade, atividades programadas no cronograma diferentes daquelas que estão sendo atacadas no momento, sequenciamento lógico não condizente com a construtibilidade.
Projetos que adotaram o processo quantitativo de riscos tem que ter alta maturidade em gestão de cronogramas. Não adianta tampar o sol com a peneira e criar um cronograma da gestão de riscos: - “Olha, este cronograma que o especialista de riscos criou está com as lógicas correta, é menos detalhado, mas está espelhando o cronograma da obra”. Esta prática é errada. Não deve haver segregação de informação. Esse cronograma é da produção (arrojado). Este outro é do planejamento (cheio de erro de lógica) e este outro é que o especialista em gestão de riscos utiliza par afazer as análises dele. Esta segregação é sinal que há um câncer no projeto: A gestão de riscos é tratada de forma separada do restante dos processos de gestão de projetos.
O correto a fazer é utilizarem todas a mesma base de informação. Até porque, todos precisam decidir em cima da mesma base de dados e compartilhar do resultado das informações geradas. Se o cronograma não está sendo atendido, a culpa é de TODOS, pois o cronograma não é do planejador. Existem inúmeras formas de trabalhar com cronogramas arrojados, como a técnica da corrente crítica com utilização dos pulmões. Utilizar bases diferentes além de ser prejudicial tecnicamente, acaba com a confiança da equipe, caso a produção descubra que existe um outro mais “folgado”. E a verdade sempre aparece, tenha certeza disso.
Portanto, se deseja trabalhar com análise quantitativa de riscos, crie uma diretriz contratual de planejamento e informe os requisitos básicos de aceitação de um cronograma. Audite a todo tempo o cronograma da contratada para verificar se continua atendendo aos critérios de validação. Todo processo tem que passar pelo PDCA para evoluir. Faça diferente, seja inelástico (Se não entendeu, leia este artigo clicando “aqui”.
Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo. Se gostaram, não deixe de compartilhar e deixar o seu comentário.
Na próxima semana iremos entrar em outro tema dentro das principais causas que impactam o processo de gestão de riscos: Falta da cultura de gestão de riscos no projeto.
Aguardo vocês, até a próxima e fiquem na paz!
Lugão Consultoria
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