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Parte 01 – Estimativas de durações inadequadas


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Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os quinze primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.


Na primeira sessão abordei a falta de habilidade técnica do Gerente de projetos e sua equipe na elaboração do cronograma. Dia 10/10 encerramos a segunda sessão, onde discutimos a segunda causa de atraso dos cronogramas: Não utilização do cronograma como ferramenta de análise. Na terceira sessão abordei em um tema único a outra causa de falha dos cronogramas: Falta de alocação de recursos. Na sessão atual irei trabalhar o tema “Estimativas de Durações Inadequadas”, que irei dividir em 3 partes. Ao todo já são 15 (quinze) artigos apontando as principais causas de atraso dos cronogramas.


O tema de hoje a ser a abordado é “cronograma dos fornecedores não integrados com o cronograma do projeto”

Vamos lá?


Aprendi em minha pós graduação em gerenciamento de projetos que realizei em 2008 pelo PROMINP que definição de atividades se faz em ondas sucessivas.


Mas o que seria isso?


Segundo o PMBOK 5ª edição, planejamento em ondas sucessivas é uma técnica de planejamento iterativo em que o trabalho a ser executado a curto prazo é planejado em detalhe, ao passo que o trabalho futuro é planejado em um nível mais alto. Ou seja, conforme os eventos que estão para acontecer são mais conhecidos, os pacotes podem ser decompostos em atividades. Muitos erram nesta parte, ao deixar de definir o escopo por completo, dizendo que o resto deste será definido ao longo do projeto.


Errado!! O escopo deve ser totalmente definido, porém o seu detalhamento irá ocorrendo em partes, à medida que a data de elaboração daquele pacote se aproxima. Lembro aos leitores, que estou tratando de ciclo de vida preditivo. Até porque, projetos com ciclo de vida do tipo iterativo, incremental e adaptativo, a melhor forma de se gerenciar é por meio de uma técnica ágil, como por exemplo, o Scrum.


Levando este conceito de planejamento em ondas sucessivas em mente, conseguimos verificar a importância de se estipular valores para as durações dos pacotes que serão terceirizados, porém, devemos ter em mente que estes valores deverão ser refinados ou melhor detalhados a posteriori. Para corroborar esta informação, inseri a figura abaixo retirada do PMBOK 5ª edição, onde fica evidenciado como entrada para o fluxo de estimar durações o processo de conduzir as aquisições.


Outro aspecto que deve ser levantado sobre as durações de pacotes terceirizados é o fato de deixar bem claro quem é o cliente. O cronograma mestre e orientador é o do cliente. Logo, é o cronograma do fornecedor que deve se adequar ao do contratante, e não o contrário, como muitas das vezes percebemos em algumas obras. Durante o processo de condução das aquisições, a restrição tempo tem que ser levada em consideração, assim como o critério custo. Fornecedores que possuem prazos que não atendem ao cronograma do projeto devem ser descartados. E lembre-se: Em obra não existe milagre! Se o fornecedor informou que te entregaria em 90 dias um painel elétrico por exemplo, ele não te entregará em 60 dias.


O último aspecto que levanto neste artigo, mas não menos importante que os demais, é sobre o contrato. O contrato com os fornecedores tem que estar bem claro a questão de periodicidade de atualização do cronograma do fornecedor e da necessidade de estar sempre atendendo o cronograma do contratante, que deverá estar em anexo ao contrato. Os cronogramas dos fornecedores devem estar integrados ao cronograma do cliente até o final do projeto.


Portanto, fica notório a importância de se discutir manutenção de prazo com os fornecedores desde o início da relação - na fase de elaboração de contrato. A falta de integração entre os contratos é a causa de muitos atrasos em cronogramas, deixando como consequências inúmeras ineficiências em um projeto (falta de local para estoque, impacto em outras frentes de obra, descasamento de fluxo de caixa, etc).


Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.


Aguardo seus comentários e até segunda, dia 31-10, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental.


Obrigado.


Blog: http://www.engenheirolugao.com.br/#!blog/o0ay7


Site: http://www.lugaoconsultoria.com.br/


Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.


Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.


Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.


Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.


Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.


Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.


Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.


Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.


Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 15 - Falta de alocação de recursos no cronograma.


































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