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Parte 02 – Estimativas de durações inadequadas


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Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os quinze primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.


Na primeira sessão abordei a falta de habilidade técnica do Gerente de projetos e sua equipe na elaboração do cronograma. Dia 10/10 encerramos a segunda sessão, onde discutimos a segunda causa de atraso dos cronogramas: Não utilização do cronograma como ferramenta de análise. Na terceira sessão abordei em um tema único a outra causa de falha dos cronogramas: Falta de alocação de recursos. Na sessão atual estou trabalhando o tema “Estimativas de Durações Inadequadas”, que irei dividir em 3 partes. Ao todo já são 16 (dezesseis) artigos apontando as principais causas de atraso dos cronogramas.

O tema de hoje a ser a abordado é “Utilização de “gordura” ao invés de Buffers

Vamos lá?

Existem inúmeras técnicas para se estimar as durações das atividades, que serão inclusive discutidas no próximo artigo. Porém, independente do tipo ferramenta utilizada para este tipo de estimativa, um erro muito comum que ocorre é a inserção de “gorduras” nas durações das atividades. Ou seja, uma margem de segurança que acaba servindo de tropeço para a equipe como um todo, pois onde há abundância de recursos, em regra existe desperdício. Este “plus” nas durações das atividades leva o projeto a sofrer a famosa síndrome do estudante. Semelhante à conduta de um universitário que, não importa se possui 4 semanas ou 1 semana de antecedência para estudar a uma prova ele sempre postergará para os últimos dois dias a tarefa de estudo, a equipe de projeto fará o mesmo se possuir prazos dilatados: Irá consumir todo o prazo, que poderia ser feito em um período muito menor.


Entretanto, isso não significa que devemos trabalhar com um cronograma sem margem de segurança. Devemos sim trabalhar com reservas de contingências, porém, de forma estruturada e bem analisada.


No intuito de solucionar o problema das gorduras das estimativas de durações sem desproteger o cronograma dos possíveis riscos que dilatam seus prazos, foi criado o método da corrente crítica (CCM).


Segundo o PMBOK 5ª edição, o CCM é método de cronograma que permite que a equipe do projeto crie buffers (reservas) ao longo de qualquer caminho do cronograma para levar em consideração recursos limitados e incertezas do projeto. Veja o exemplo abaixo :

Figura 01 : Fonte : http://www.techoje.com.br

Pela figura 01 verificamos que não é necessário inserir tempo adicional às atividades do cronograma. O método se baseia em inserir reservas ao final de cada caminho e monitorar o consumo destas reservas ao longo do tempo. Desta forma, trabalhamos com as durações verdadeiras das atividades e protegemos as folgas que possuímos em reservas concentradas, ao invés de desperdiçarmos em cada tarefa. A margem de segurança pulverizada nas atividades de forma individualizada ocasiona um mascaramento da baixa produtividade, nos levando a falsa sensação que está tudo ocorrendo bem.


Consequentemente, ao invés de apenas gerenciar a folga total dos caminhos da rede (caminho crítico), o CCM foca o gerenciamento das durações restantes dos buffers em relação às durações restantes das cadeias de tarefas (caminhos).


Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.


Aguardo seus comentários e até segunda, dia 28-11, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental.


Obrigado.




Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.


Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.


Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.


Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.


Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.


Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.


Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.


Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.


Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.


Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise


Artigo 15 - Falta de alocação de recursos no cronograma


Artigo 16 - Estimativas de durações inadequadas – parte 01 – Cronograma dos fornecedores não integrados com o do projeto”





















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