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Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os quinze primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.
Na primeira sessão abordei a falta de habilidade técnica do Gerente de projetos e sua equipe na elaboração do cronograma. Dia 10/10 encerramos a segunda sessão, onde discutimos a segunda causa de atraso dos cronogramas: Não utilização do cronograma como ferramenta de análise. Na terceira sessão abordei em um tema único a outra causa de falha dos cronogramas: Falta de alocação de recursos. Na quarta sessão trabalhei o assunto - Estimativas de Durações Inadequadas. Nesta quinta sessão será abordado em 3 (três) temas o título – Falta de comprometimento dos líderes das disciplinas. Ao todo já são 18 (dezoito) artigos apontando as principais causas de atraso dos cronogramas.
O tema de hoje a ser a abordado é “EAP errada”.
Vamos lá?
Estrutura Analítica do Projeto, ou EAP é o escopo decomposto em partes menores, até o nível de entregáveis, que no jargão do gerenciamento de projetos, chamamos de pacotes. Costumo dizer que: - Pior do que entregar algo fora do prazo, acima do custo ou fora dos padrões de qualidade é entregar algo que o cliente não pediu. O maior dos pesadelos deve ser ouvir do principal stakeholder do projeto a frase – “mas não foi isso que eu pedi”.
Deste exemplo acima, podemos extrair 02 (dois) principais motivos de criar-se a EAP: Quebrar o escopo em partes menores, facilitando assim a análise do todo e que este será totalmente entregue. O segundo motivo é para aumentar a probabilidade de aceite do produto ou serviço final, pois quando o cliente aceita o produto em partes (pacotes), você o obriga a ser cumplice de tudo que ocorreu anteriormente.
Logo, é fácil entender a importância de uma EAP. Ninguém em sã consciência dirá que ela é uma mera formalidade. Então, por que não se é destinado à devida importância para sua elaboração ou esforço necessário pra mantê-la atualizada por todo o projeto?
Uma EAP mal estruturada já destina de início o projeto para o fracasso. Isso me faz lembrar um professor de filosofia que pediu para os alunos respondessem uma única questão da prova em casa. No dia seguinte, o professor deu notas baixíssimas para todos. Eles acharam que tinham ido bem, até porque, responderam segundo alguns pensadores, fizeram em grupo, etc. Indagado o professor, este respondeu com uma única pergunta: - Como vocês podem ter respondido certo, uma pergunta formulada errada? Antes de respondê-la, vocês deveriam ter corrigido a pergunta. Ou seja, do que adianta ter os melhores profissionais, aplicar as melhores práticas, melhores equipamentos, tecnologia de ponta, se o início já está errado. Todo esforço será aplicado em algo que não converge para os requisitos das partes interessadas.
Ainda relacionado à primeira pergunta – é claro que não me refiro ao “vamos lá?” – verifica-se um erro comum na maioria dos projetos que é a falta de atualização da EAP. O projeto passa por inúmeras mudanças de escopo, porém a EAP permanece intacta.
A EAP é responsabilidade de todos, e por isso, tanto na elaboração, quanto em sua atualização, é necessário que todas as disciplinas do projeto se preocupem com sua melhor definição e manutenção. A falta de comprometimento de alguns na elaboração da EAP, deixará o escopo incompleto, e por conseguinte, alguns requisitos não serão entregues.
Logo, é papel do gerente de projetos integrar a equipe para elaboração conjunta e transmitir o sentimento de responsabilidade no grupo de que a EAP é responsabilidade de todos. Somente com esta cultura vigorando no projeto, haverá a possibilidade de se gerar um cronograma confiável, por meio do qual o projeto poderá se guiar.
Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.
Aguardo seus comentários e até segunda, dia 12-12, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental.
Obrigado.
Blog: http://www.engenheirolugao.com.br/#!blog/o0ay7
Site: http://www.lugaoconsultoria.com.br/
Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.
Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.
Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.
Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.
Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.
Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.
Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.
Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.
Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 15 - Falta de alocação de recursos no cronograma.
Artigo 16 - Estimativas de durações inadequadas – parte 01 – Cronograma dos fornecedores não integrados com o do projeto”.
Artigo 17 - Estimativas de durações inadequadas – parte 02 - Utilização de “gordura” ao invés de Buffers.
Artigo 18 - Estimativas de durações inadequadas – parte 03 – Técnica mal empregada.