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Sejam bem vindos à discussão sobre “Por que os cronogramas Atrasam”. Caso não tenha lido os quinze primeiros artigos, no final desta postagem tem o link para eles.
Na primeira sessão abordei a falta de habilidade técnica do Gerente de projetos e sua equipe na elaboração do cronograma. Dia 10/10 encerramos a segunda sessão, onde discutimos a segunda causa de atraso dos cronogramas: Não utilização do cronograma como ferramenta de análise. Na terceira sessão abordei em um tema único a outra causa de falha dos cronogramas: Falta de alocação de recursos. Na quarta sessão trabalhei o assunto - Estimativas de Durações Inadequadas. Nesta quinta sessão será abordado em 3 (três) temas o título – Falta de comprometimento dos líderes das disciplinas. Ao todo já são 19 (dezenove) artigos apontando as principais causas de atraso dos cronogramas.
O tema de hoje a ser a abordado é “Pacotes mal dimensionados”.
Vamos lá?
Pacotes são os entregáveis em um projeto. Em outras palavras são a ponta da EAP. Aqueles serão dimensionados e decompostos em partes menores, que denominamos atividades.
O nível de detalhamento de um cronograma depende intimamente do nível de decomposição da EAP e, por conseguinte, do tamanho do pacote.
Quando me refiro a pacote mal dimensionado, quero retratar este problema sob duas ópticas: primeiro se referindo ao pouco detalhamento da EAP e em segundo lugar em relação ao mal dimensionamento dos recursos para a correta entrega do pacote.
A primeira óptica de pacote mal dimensionado nos leva a observar que teremos problemas com o detalhamento das atividades do projeto, pois, quando trabalhamos com pacotes em nível macro, isso demonstra que queremos um acompanhamento do projeto em um nível mais superficial. Posso dar o seguinte exemplo: - Um planejador deseja detalhar o pacote de trabalho em atividades e recebe aquele no nível de “fundação do prédio”. Este infere que o gerente de projetos demanda um cronograma mais macro, descendo apenas mais um nível (escavação, armação, forma, concreto, cura e reaterro). Porém, se o planejador recebe uma EAP onde o pacote de trabalho é decomposto até o nível de número de bloco de fundação, este por sua vez, irá inferir que é necessário descer vários níveis de atividades, pois a etapa anterior passou este sentimento. Veja a figura :
Observe pela figura que a situação 02 demandará um controle muito mais minucioso, demandando mais HH (homem-hora) tanto do planejador, quanto do apontador. Por este motivo, pensar em dimensionamento de pacote de trabalho, é pensar em cronograma, estrutura de apoio para controle das informações, nível de necessidade de informações, etc. Sabendo que os recursos são cada vez mais escassos em um projeto, não há espaço para desperdícios com informação desnecessária ou perda de confiabilidade pela falta de informação.
Em relação à segunda óptica, podemos afirmar que um mal dimensionamento dos recursos ou prazo para um pacote pode levá-lo à entrega em atraso, fora do custo, fora das especificações de qualidade, a insatisfação do cliente, etc. O mal dimensionamento do pacote leva à má distribuição dos recursos entre as atividades que vem abaixo dele, comprometendo assim não só a entrega do pacote, mas também a confiabilidade de todo o resto do cronograma.
Portanto, é de extrema importância que o gerente de projetos discuta com os líderes de disciplina o nível de detalhamento da EAP que o projeto terá, pois este deve estar adequado à realidade do projeto. Também é necessário ter a cultura da melhoria contínua – Kaizen. Ou seja, se verificado que aquele nível não atende, mude. Melhorar sempre, nem que seja 0,01%. Todo projeto é único, e você não terá segunda chance de fazê-lo novamente se fracassar.
Finalmente, por hoje ficamos por aqui. Não deixe de ver os artigos anteriores caso você não tenha visto, no próprio linkedin ou no meu Blog.
Aguardo seus comentários e até segunda, dia 19-12, abordando ainda mais este tema, de acordo com nosso mapa mental.
Obrigado.
Blog: http://www.engenheirolugao.com.br/#!blog/o0ay7
Site: http://www.lugaoconsultoria.com.br/
Artigo 01 : É o cronograma, estúpido – Artigo com o Mapa Mental.
Artigo 02 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 01 - Uso demasiado de relacionamento tipo TT e II.
Artigo 03 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 02 - Quebra de lógica no cronograma.
Artigo 04 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 03 - “Uso de lags muito grandes, “Uso de restrições” e “Uso de lags negativos”.
Artigo 05 : Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 04 – Caminho crítico errado ou mal gerenciado.
Artigo 06 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 05 – Atividades com grandes durações.
Artigo 07 - Erros Técnicos na elaboração do cronograma – parte 06 - Falta de linha de base.
Artigo 08 - Cronograma pra Quê? Tá na mente !!! – parte 01 – Cronograma não utilizado como ferramenta de análise.
Artigo 09 - Cronograma elaborado apenas para ganhar licitação - parte 02 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 10 – Falta de procedimentos – parte 03 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 11 – Apenas exigência do contrato e Falta de cultura da empresa - parte 04 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 12 - Permitir viabilidade do Projeto - parte 05 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise.
Artigo 13 – Prioridade das medições - parte 06 – Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 14 – Ferramenta de Planejamento e não de controle – parte 07 - Não utilização do cronograma como ferramenta de análise
Artigo 15 - Falta de alocação de recursos no cronograma
Artigo 16 - Estimativas de durações inadequadas – parte 01 – Cronograma dos fornecedores não integrados com o do projeto”
Artigo 17 - Estimativas de durações inadequadas – parte 02 - Utilização de “gordura” ao invés de Buffers.
Artigo 18 - Estimativas de durações inadequadas – parte 03 – Técnica mal empregada
Artigo 19 - Falta de comprometimento das disciplinas – parte 01 – EAP errada