Quem da área do planejamento nunca ouviu esta expressão: Cronograma molhado!? Este jargão apenas se refere ao fato do cronograma levar em consideração o índice pluviométrico da região. Cronograma molhado é aquele que está contingenciado contra os efeitos da chuva nas paralisações da obra.
Hoje irei abordar este tema tão controverso em obra, e mostrar uma técnica utilizada pela LUGÃO CONSULTORIA para contingenciar o cronograma da obra com as famosas intempéries da natureza que tanto dilatam o prazo do cronograma.
É sabido por todos que a chuva é um risco que quase toda obra está sujeita. E por se tratar de um risco, ela possui probabilidade e impacto nas atividades. A probabilidade varia de acordo com a época do ano, e o impacto com a característica da atividade que estiver sendo desenvolvida. Por exemplo, no Rio de Janeiro, região geográfica onde o clima predominante é o tropical de altitude, temos uma maior concentração das chuvas nos meses do verão. Em se tratando de impacto, atividades que trabalham com movimentação de terra são as mais impactadas pelas consequências das chuvas.
Por estes motivos, é necessário trabalhar com um modelo que consiga simular a probabilidade do risco chuva ocorrer de acordo com o índice pluviométrico da região e o impacto nas atividades de acordo com as características destas. Seguindo estas premissas, a LUGÃO CONSULTORIA utiliza o software Primavera Risk para simular este ambiente estocástico.
Vamos ao exemplo a seguir:
Levando em consideração o seguinte índice pluviométrico da região (fig 01), é gerada uma tabela com o modelo de eventos climáticos sazonais do software, conforme (fig 02).
Figura 01
Figura 02
Observe na figura 02, que o software trabalha com uma distribuição triangular em relação aos dias de chuva previstos em cada período, no caso, mensal. Nesta tabela podemos observar uma previsão pessimista, mais provável e otimista em relação aos dias de chuva que o projeto estará sujeito.
Mais à frente, é necessário inserir quais são as atividades que a chuva irá impactar na produtividade, (fig 03)
Figura 03
Pronto, depois desta etapa basta realizarmos a “Análise de Monte Carlos” para mil cenários e verificarmos o gráfico de frequência que será gerado. Com isso, teremos uma probabilidade muito maior de concluirmos o projeto na data prevista e de anteciparmos aos imprevistos, se compararmos com as práticas hoje adotadas no mercado.
Em breve a LUGÃO CONSULTORIA estará lançando o curso de ANÁLISE DE RISCOS, totalmente diferenciado de qualquer outro antes visto no mercado. Acompanhe nossos artigos e fique por dentro do que tem de mais modernos em gestão de projetos.