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  • Foto do escritorThiago Lugão

Foco em gerar valor


Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o último tópico sobre este tema. Irei falar sobre “Não há consenso no que é risco, causa e consequência”.


Então, vamos lá:


A questão que iremos abordar hoje é a que mais consome tempo durante nossas reuniões de identificação de riscos ou quando um membro da equipe está querendo abrir um novo risco e inserir no registro. Disseminou-se a ideia de que o risco tem que ser descrito de “tal” forma, a causa tem que utilizar certos verbos, que a utilização de palavra do tipo: - “atraso na entrega” é sempre uma consequência ... Inclusive, já li excelente livros sobre riscos que tentam colocar um modelinho para descrever riscos, causas e consequências.


A meu ver, isso é uma perda de tempo que só engessa o processo. O risco tem que ser descrito da forma como o idealizador vê a “dor”. Se a dor dele é o atraso na entrega de um equipamento que virá da Polônia, ele não deve ficar tentando buscar qual seria o risco, já que muitos temos entendimento que atraso é consequência. O mais importante é estruturarmos o risco de forma que a causa seja o foco de nossas ações. Vamos ao exemplo:

Percebam que o termo atraso de equipamento X pode aparecer como risco, causa ou consequência. A quarta forma de descrever o risco foi apenas uma forma “modelinho padrão” de descrição de um risco (incerteza que afeta um objetivo do projeto), mas que no fundo só retirou a palavra atraso da descrição. O importante é atuarmos na causa que nos trará maior eficácia ou custo benefício. Geralmente, a causa raiz é o melhor ponto para atuarmos.


Imaginem o quanto de discussão que deve ter tido nesta sessão de risco para chegarmos na forma “modelinho padrão”, ID 4. Entretanto, podemos observar que quase toda as formas de estruturarmos irão nos direcionar para atuarmos na questão de modificarmos o país de origem da fabricação do equipamento.


Logo, vejo muito mais importancia nos preocuparmos em fazermos mais “porquês”, do que nos preocuparmos com modelinho de palavras. Não estou dizendo que a forma como estruturamos não influencia. Ao contrário, devemos sempre analisar se a estrutura está legal sobre o ponto de vista de atuação nas causas. Um risco bem descrito e baseado na “dor” do identificador, com no mínimo 5 (cinco) causas levantadas e consequência diretas e indiretas analisadas, isto sim, é um modelinho que devemos seguir.


Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo. Se gostaram, não deixe de compartilhar e deixar o seu comentário.


Como disse na introdução, está fechado o nosso mapa mental. Foram 35 assuntos abordados, distribuídos em 04 tópicos principais. A meu ver ficou um material completo, pois aborda primeiramente os conceitos de risco e depois passamos pelo processo de gestão de riscos em projetos. Após isso, abordamos o que se espera de um profissional que atua nesta área. Finalmente entramos em um assunto delicado: os problemas que as organizações irão enfrentar durante a implementação, execução e monitoramento deste processo. Não basta ter as capacidades técnicas, é necessário ter habilidades comportamentais diferenciadas, pois estamos lidando com gestão de pessoas de forma complexa.


Espero que tenham gostado. Como disse anteriormente, estes artigos irão virar um e-book que deixarei disponível para baixar. No momento irei me dedicar aos vídeos em meu canal sobre o projeto Planejador faixa preta, porém, a qualquer momento, irei lançar outro mapa mental abordando algum tema de extrema importância para o planejador. Afinal, não consigo ficar sem escrever! Fiquem na paz!


Lugão Consultoria

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