Seja bem vindo ao primeiro tópico de uma série de mais de 30 artigos que irão abordar uma área muito importante da disciplina de gestão de projetos: Gestão de Riscos.
Hoje irei falar do conceito de risco e trazer algumas curiosidades sobre o assunto.
De acordo com o PMBOK, 6ª edição, risco é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo em um ou mais objetivos do projeto. Deste pequeno conceito poderemos extrair muita conversa a respeito.
Primeiramente, o PMBOK conceitua risco como um evento ou condição incerta. Desta forma, quando pensamos em risco, não devemos ficar presos apenas a eventos. Se pensarmos em tudo que não é constante e sim variável, abriremos a mente para analisarmos melhor a atual situação do projeto em que estamos alocados. Incertezas a cerca de características chave de um evento dão origem aos riscos do tipo variabilidade. Por exemplo, o número de erros encontrados durante os testes para entrega de um componente do escopo. É variável, é incerto, portanto, um risco.
Nesta mesma linha, podemos ter riscos relacionados ao conhecimento imperfeito sobre algo. Um risco que acontece muito em obra decorre do desconhecimento do limite de bateria do escopo de trabalho.
Quando pensamos em premissas, não tem como não pensar em riscos. As premissas em um projeto são condições que assumimos como real naquele momento por falta de informação mais adequada. Como se diz no jargão de gestão de projetos, premissas são efêmeras e adotadas. Este conceito nos mostra o quanto são incertas, sendo, portanto, fonte de riscos.
Portanto, quando pensar em riscos, não fiquem presos apenas a eventos, como geralmente as pessoas ficam. Uma greve, uma pandemia, paralisação de um fornecedor são eventos que devem ser listados como risco, mas são apenas uma parte de um todo muito mais complexo.
O segundo trecho que gostaria de destacar neste conceito do guia PMBOK 6ª é o fato de se referir a risco como algo que provocará efeito positivo ou negativo. No próprio guia, ele denomina como oportunidade (risco com efeito positivo) e ameaça (risco com efeito negativo).
Quando pensamos neste conceito e levamos em consideração que risco pode ser algo que gera efeito positivo, nos fazemos com que a equipe de projeto pense fora da caixa e seja criativa. Pensar em oportunidade é pensar em melhorar, explorar algo bom, aproveitar ou fazer acontecer uma situação que trará algo favorável para o projeto.
Quando uma equipe tem a cultura de gestão de riscos, ela tem uma postura pró ativa em relação à condução do projeto. Quando esta mesma equipe possui o hábito de pensar em oportunidades, podemos dizer que ela está dois passos a frente que a normalidade que vivenciamos nos projetos.
Portanto, se deseja que seu projeto seja conduzido de maneira preventiva em relação aos problemas, aos invés de reativa, introduza este conceito no seu ambiente de trabalho e venda para seus superiores a ideia do gerenciamento de riscos. Com certeza, os benefícios de uma postura pró ativa em relação aos riscos se mostrarão já no curto prazo.
Espero que tenham gostado deste primeiro artigo. Deixe nos comentários a sua opinião sobre o assunto e experiência profissional vivida em um ambiente que possui um framework de gestão de riscos implantado.
Finalmente, gostaria de deixar o link dos cursos voltados para a área de gestão de projetos para os quais ministro aula.
Fiquem na paz!
Lugão Consultoria