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  • Foto do escritorThiago Lugão

Diferença entre Risco residual e Risco Secundário


Sejam bem vindos a mais um tópico de uma série de mais de 30 artigos que irão abordar uma área muito importante da disciplina de gestão de projetos: Gestão de Riscos.


Hoje estamos no nosso 7º artigo sobre riscos. O tema que irei abordar é bem simples na teoria, porém ignorado na prática. Antes de mais nada, irei iniciar com o conceito de risco residual e risco secundário.


- Risco residual: O risco que continua a existir mesmo após as respostas ao risco terem sido implantadas. Ex. Foi implementado uma resposta ao risco que possuía um impacto alto. Porém, após a mitigação, este impacto caiu para uma zona tolerável, onde a equipe de projeto achou melhor deixar existindo, pois o custo de mitigá-lo a zero é maior que o benefício de não ficar exposto ao mesmo.


- Risco Secundário: O risco que surge como resultado direto da implementação de uma resposta aos riscos. Ex. Ao mitigar um determinado risco, a equipe de projeto expõe uma atividade a um outro risco, de menor potencialidade. Para melhor efeito didático, posso ilustrar uma situação onde o gerente de projeto implementa uma resposta a um risco onde a equipe de obra terá que trabalhar com atividades em paralelo, aumentando assim o risco de acidente.


Podemos verificar que nas duas situações, existe a necessidade do gerente de projeto decidir o quanto vale a pena implementar uma ação contra um determinado risco. Podemos chamar esta avaliação de trade off. Esta análise faz toda diferença na hora de escolher uma melhor resposta de mitigação a um risco dentre as que foram levantadas pela equipe de projeto.


Este tipo de análise é muito importante para riscos que possuem impacto alto. Pode acontecer de um plano de resposta se mostrar mais barato de início, mas no final acaba saindo caro, pois o risco residual que ficará, ainda demandará grande esforço da equipe para leva-lo a um nível tolerado pela organização. Ou então, pode acontecer de um plano de ação se mostrar com excelente custo/benefício, porém o risco secundário irá afetar um objetivo do projeto inegociável: Risco de morte.


Para estes riscos mais críticos, é interessante utilizarmos técnicas de ramificação para destrinchar ao máximo o risco e suas consequências. Podemos utilizar árvore de decisão, mapa mental, análise bowtie, etc.


Logo, nunca deixe de dar uma atenção especial para estes tipos de riscos mais críticos. Coloque no papel os possíveis cenários que podem ocorrer e perceba o poder que tem um esboço. No final, irá perceber que valeu a pena cada minuto gasto na reunião de dissecação do risco. Infelizmente, no Brasil, ainda são poucos os profissionais que veem valor neste tipo de reunião.


Finalmente, gostaria de deixar o link dos cursos voltados para a área de gestão de projetos para os quais ministro aula.



Fiquem na paz!

Lugão Consultoria

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