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  • Foto do escritorThiago Lugão

Domínio sobre estatística descritiva e Inferencial


Continuando ao tema Gestão de Riscos em Projetos, hoje iremos abordar um conhecimento muito importante para um planejador que visa se tornar um especialista em gestão de riscos.

Então vamos lá:


Gerenciar riscos é se preparar para as incertezas. Um projeto está repleto de incertezas. As durações das atividades, os eventos aleatórios que podem ocorrer, as variabilidades que surgem em um processo e as inúmeras indefinições que a engenharia que se postergam até o último momento possível em um projeto.


Diante deste fato, percebemos que em um projeto estamos sempre tentando contornar a incerteza no intuito de prever o futuro. Por este motivo, a estatística se mostra como uma ferramenta aliada do planejamento de projetos. Quando passamos a entender que a duração de uma atividade não é uma constante e sim uma variável aleatória que possui um comportamento que pode ser descrito por uma distribuição triangular, passamos a nos precaver às incertezas. Quando entendemos que a data final de um projeto não é uma certeza, e sim uma probabilidade, e que a simulação dos inúmeros cenários possíveis que podem ocorrer em uma obra podem nos trazer este número probabilístico à tona, estamos começando a perceber que o mundo não é determinístico, e sim estocástico.


A estatística está à serviço do planejador para melhor entender o passado/presente e projetar no lugar certo o futuro. Vamos dar exemplos?


Digamos que a contratada que fará o serviço de estaqueamento em sua obra diga que irá cravar 40 estacas por dia. A estatística inferencial poderá responder à pergunta se o seu fornecedor irá realizar realmente ou não. O teste de hipótese serve para contestar a hipótese nula diante de uma hipótese alternativa.


Vamos mais a fundo com outro exemplo de obra: Uma empresa possui 3 operadores que são responsáveis por 3 retroescavadeiras diferentes. O engenheiro de planejamento suspeita que a variação de desempenho dos trabalhos realizados por eles está relacionada à habilidade dos operadores. Sendo assim, o planejador resolve verificar as produções diárias de cada operador com sua máquina e calcula a média diária de cada um. Chega-se aos valores de média de 784,5 m³, 832m³ e 804m³.


Mas será que essa informação é suficiente para afirmar que o desempenho de cada operador é realmente diferente? E se uma das máquinas quebrou muito mais que o normal, afetando a média do operador?


Para verificar então se realmente o desempenho dos operadores variou de acordo com a habilidade do operador, é necessário a utilização de teste estatístico, que além de considerar a média da produção diária, leva também em conta a variação da produção dentro do conjunto de dias de produção. A nome deste teste se chama ANOVA (Análise de variância).

Infelizmente, fica inviável explicar neste artigo esta ferramenta estatística. Entretanto, espero que a curiosidade pelo tema o leve a fazer pesquisas sobre o assunto e levá-lo a se diferenciar no mercado de trabalho.


Este conhecimento diferenciado de ferramentas de estatística tornam o planejador uma mão de obra preciosa, que sai do ordinário. Hoje em dia, observamos as empresas tratando os planejadores como commodities, apertando seus salários e escolhendo-os não por suas habilidades, e sim pelo menor salário, como se fosse um leilão. Para fugir desta situação, é necessário se diferenciar. Mas este não é tema para este artigo. Em verdade estamos entrando no da próxima semana, cuja abordagem será “O que se espera de um profissional de gestão de riscos”.


Portanto, aguardo vocês leitores até a próxima e fiquem na paz!


Lugão Consultoria

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