
Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o nono dos dezesseis tópicos sobre o tema “Gestão de Projetos é separado da gestão de Riscos (GR)”. Cada semana irei abordar uma causa, destas 16 escolhidas por mim como as principais.

Então, vamos lá:
Um dos maiores problemas que a metodologia de gestão de riscos de um projeto pode ter é a falta de patrocínio do gestor do contrato. E isso foi abordado no nosso 6º artigo deste tema. Clique aqui para ver o artigo. Considero este problema a causa raiz de muitos e que pode inclusive, causar o tema que iremos abordar hoje.
Quando acreditamos em algo, colocamos esforço e integramos aos processos ordinários do projeto. Porém, quando não acreditamos em um processo, ou extinguimos ou deixamos este viver em um ecossistema a parte com pouco oxigênio. Ao pouco ele morrerá.
Na maioria das vezes, a gestão de riscos não pode ser extinta, pois é exigência contratual. Então o gestor do projeto considera a gestão de riscos como algo a parte, desintegrada à rotina do projeto. Aos poucos vemos o processo perder o rumo e a força.
Reuniões esporádicas, relatórios separados e com periodicidades mensais, falta de treinamento, acesso restrito aos registros dos riscos, isso tudo vai cortando o oxigênio do processo. O que vemos acontecer é um processo pra inglês ver que não entrega valor.
Já virou mantra a minha afirmação: - “Os processos de riscos devem estar integrados aos processos de gestão do projeto, ser tópico da reunião semanal, presente no relatório semanal, discutido diariamente e com treinamentos periódicos”.
A melhor forma de verificar o nível de maturidade do seu processo de gestão de riscos é verificar a aderência aos processos de gestão ordinários. Todas as saídas do processo de GR deve ser insumo para algum processo do projeto. Não pode ser apenas insumo para a GR. Tudo que não é utilizado é desperdício.
Desta forma, devemos fazer uma análise no processo de GR do projeto e verificar onde estão as falhas, a falta de alinhamento. Sou defensor ferrenho do mapeamento dos processos, pois através desta medida, conseguimos otimizar a maneira de trabalhar e “costurar” a maneira como se deve trabalhar. Portanto, um bom mapeamento levantará as partes desintegradas do processo e conectará cada output no seu input correto.
Abaixo segue uma figura para a equipe verificar o nível de maturidade do modelo de riscos utilizado no projeto. Com ela, o gestor identificará o nível que o processo está em cada quesito e assim, poderá direcionar os esforços da equipe para melhoria do processo. Gosto de utilizar este modelo de verificação de Marty Hopkinson. Entretanto existem outros no mercado. Qual você utilizará pouco importa, o importante é que seu processo faça este PDCA.

Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo.
Na próxima semana iremos entrar em outro tema dentro das principais causas que impactam o processo de gestão de riscos: Registro de riscos não acessível a todos stakeholders.
Aguardo vocês, até a próxima e fiquem na paz!
Lugão Consultoria
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