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  • Foto do escritorThiago Lugão

Os responsáveis pelos riscos não têm postura pró ativa para mitigá-los


Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o quarto dos dezesseis tópicos sobre o tema “Problemas no processo de gestão de Riscos”. Cada semana irei abordar uma causa, destas 16 escolhidas por mim como as principais.



Então, vamos lá:


Hoje em dia, a gestão de riscos no Brasil passa pelo mesmo estágio em que a gestão de cronograma passou no passado: - Todos sabem que é necessária, mas na maioria das vezes existe para “Inglês ver”.


Até alguns anos atrás, o planejamento elaborava o cronograma e a produção ignorava. O cronograma era uma entrega contratual, que caso não fosse entregue, iria reter parte da verba de gerenciamento do contrato. O cronograma indicava por meio da programação semanal quais atividades deveriam ser atacadas, porém a produção alocava os recursos em outras. No final das contas, acabava o planejamento adaptando o cronograma com a realidade da obra, e não o oposto. Claro que isto ainda ocorre em empresas onde a maturidade em gestão de projetos é baixa. Este tipo de empresa é aquela que contrata analista de planejamento, ao invés de especialista ou engenheiro de planejamento. Não que o analista não seja competente, mas deixa claro que não valoriza o profissional que ocupa esta função.


A gestão de riscos no Brasil, na maioria dos casos é uma exigência contratual. Geralmente, nem o gestor que contratou o facilitador de gestão de risco sabe pra que serve, ou mesmo acredita em seus efeitos. Isso acaba gerando uma gestão em paralelo à gestão de projetos. Reuniões de risco desintegradas do resto do processo de gestão, lacunas de informações e geração de uma papelada e perda de tempo absurdos. Resumindo, o processo de gestão de risco acaba sendo algo em segundo plano, os riscos são lembrados apenas nas reuniões de risco ou quando um alerta chega ao e-mail do responsável por sua mitigação. Por esta série de motivos, não conseguimos vivenciar uma postura pró ativa dos responsáveis pelos riscos – Cumpre-se tabela nesta “baboseira” que inventaram.


Parece até clichê o que vou falar, mas o remédio para este problema é o mesmo para tratar inúmeras outras causas: Processo de gestão de riscos sendo parte do gerenciamento do projeto, engajamento contínua dos facilitadores do processo e treinamento sobre a metodologia e benefícios da gestão de riscos. Lembrando que, quando falo gestão de riscos integrada à gestão como um todo, me refiro às informações de riscos presentes no relatório semanal e registro de riscos sendo levados para reuniões semanais de acompanhamento do projeto.


Portanto, para termos uma mudança de postura da equipe de projetos em relação aos processos de gestão de riscos, devemos ter uma mudança de cultura. Sairmos da cultura da ação corretiva e passarmos para a cultura da ação preventiva (Cultura da gestão de riscos).

Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo.


Na próxima semana iremos entrar em outro tema dentro das principais causas que impactam o processo de gestão de riscos: Os riscos identificados não são levados em consideração na tomada de decisão.


Aguardo vocês, até a próxima e fiquem na paz!

Lugão Consultoria

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