
Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o segundo dos oito tópicos sobre o tema “processo de Gestão de Riscos”: Planejar o gerenciamento de Riscos (GR). É um dos processos que geralmente é realizado para cumprir tabela, deixando a desejar e por consequência, comprometendo toda a gestão.

Então vamos lá:
De acordo com o PMBOK 6ª edição, o processo de gerenciamento de riscos (PGR) tem como definição ser responsável por ditar a regra do jogo. Nele deve estar escrito como serão conduzidas as atividades de GR. Deixa como benefício a garantia de que o grau, tipo e visibilidade do GRP sejam proporcionais aos riscos e importância do projeto.
Um dos principais motivos de falha no PGR em um projeto é a falta de engajamento das partes interessadas. E baseado neste dado, eu te pergunto: Como a equipe ficará engajada por algo que não conhece?
O plano de gerenciamento de riscos para ser completo e eficaz, deve possuir no mínimo estas informações:
- Metodologia que será adotada;
- Estratégia de atuação aos riscos;
- Matriz de papéis e responsabilidades;
- Financiamentos;
- Prazos;
- Categoria de riscos;
- Definições de Probabilidade e Impacto;
- Formato de relatórios;
Quero dar um foco em três destes conteúdos: Metodologia, Matriz de responsabilidades e formato de relatórios.
É de suma importância que a metodologia será ensinada a todos da equipe e passe pelo processo PDCA constantemente. O framework de riscos tem que estar inserido na mente de todos para que ele faça parte do processo de gestão de projetos, e não um mostro em separado.
Em seguida, temos a matriz de responsabilidade que insere todos no contexto da metodologia e de seus processos. Desta forma, todos saberão seu lugar no processo, tornando a engrenagem mais lubrificada para girar. A matriz de responsabilidade irá nos nortear quando verificarmos que o processo não está fluindo.
Finalmente, o formato de relatório nos deixa claro as saídas que esperamos do processo de gestão de riscos. Todo processo tem que ser reportado, para que todos sejam informados sobre o que está acontecendo no projeto. Se um PGR não possui relatórios (relatório em word, dashboard, registro de riscos, etc) ele ficará invisível e não aparecerá.
Infelizmente crescemos em um país onde é normal não ter plano. As pessoas se casam sem plano, vivem sem plano, fazem faculdade sem plano e cometem erros seguidos por não terem plano. Seria até um paradoxo eu pensar que nossos projetos seriam gerenciados com um plano pré estabelecido.
O plano não deve estar apenas na cabeça de quem planeja, mas sim disponível para todos que são parte interessada no seu projeto, para poderem agir conforme o plano (padronização do processo). Enquanto escrevo este artigo, me sinto cometendo inúmeros pleonasmos, pois é tão óbvio imaginar que pra planejar, tem que ter plano.
Para encerrar o assunto sem mais prolongamentos no momento, gostaria que imaginassem a seguinte situação: Um projeto com 10 planejadores onde não existe um plano de gestão de riscos. Vocês imaginam que estes planejadores, peças fundamentais para o engajamento do PGR e sua facilitação, iriam saber conduzir de forma padronizada e eficiente este PGR?
Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo e deixe a opinião dos senhores nos comentários.
Daqui a 15 dias irei abordar o segundo tópico do nosso mapa mental de gestão de riscos: Identificar os riscos.
Aguardo vocês, até a próxima e fiquem na paz!
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