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  • Foto do escritorThiago Lugão

Realizar a Análise Qualitativa de Riscos



Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o quarto dos oito tópicos sobre o tema “processo de Gestão de Riscos”: Realizar a análise qualitativa dos Riscos. É um processo que em muitas metodologias colocam junto com a anterior, identificação de riscos, para tornar mais dinâmica o processo inicial de gestão de riscos.

Então vamos lá:


O processo de realizar a análise qualitativa dos riscos visa avaliar a probabilidade e impacto dos riscos, no intuito de separar o que é importante do restante. Ou seja, é um processo de priorização dos riscos.


Na tabela abaixo, temos uma matriz de probabilidade e impacto com três níveis de classificação: baixo (verde), moderado (amarelo) e alto (vermelho). A quantidade de categorias é o que menos importa. O mais importante é definir o que é impacto baixo ou alto. O que é probabilidade muito baixa ou alta para determinado quesito. Posso citar como exemplo, para um projeto, foi definido pelos principais stakeholders que um risco de impacto alto no quesito prazo, é aquele que impacta em mais de 30 dias na duração de uma atividade a qual esteja sujeita a este risco. Esta faixa (limite) que faz toda diferença na hora da qualificação, para não termos um excesso de riscos altos, fazendo com que a equipe perca o foco naquilo que é mais importante.

Para se ter uma boa qualificação dos riscos, é necessário ter levantado primeiramente a apetite de tolerância aos riscos do projeto. Não adianta querer trabalhar com tabelas e matrizes de projetos similares. É necessário investir tempo com os gerentes e se possível, até com os que estão acima destes para entender o quais são os limites de tolerância.

Outra preparação importante é o alinhamento que a equipe de projeto precisa ter para poder qualificar de forma adequada os riscos. Não adianta juntar numa sala vários profissionais com pensamentos e experiência diferentes e querer qualificar os riscos. Não haverá consenso e a qualificação não passará de um chute, onde os participantes escolhem o que um risco é baixo, médio ou alto de acordo com sua vivência. É necessário que a equipe tenha sido treinada previamente e que seja bem conceituado por meio de definições e exemplos o que representa cada item da matriz de probabilidade versus impacto. Veja a figura:

Desta forma, conseguimos tornar o processo um pouco menos subjetivo e homogeneizar os pensamentos. As divergências são muito importantes para amadurecer o processo, inclusive trocar experiência. A discussão é bem vinda e a decisão fica na maioria, até porque, unanimidade, nunca teremos.


Portanto, é necessário que o processo de qualificação dos riscos seja feito sob medida, respeitando as características do projeto e os stakeholders. Não pense que uma iniciativa, uma tabela, ou um modo de condução de uma reunião de riscos deu certo em um projeto, que irá dar no próximo. Aproveitem o início do projeto para aprender mais sobre as pessoas, a organização e a indústria no qual o projeto está inserido. Conhecer bem o ambiente irá ajuda-lo a desenhar a melhor metodologia que se adaptará à gestão do projeto e à expectativa dos stakeholders.


Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo e deixe a opinião dos senhores nos comentários.


Daqui a 15 dias irei abordar o quinto tópico do nosso mapa mental de gestão de riscos: Realizar a análise quantitativa dos riscos.

Aguardo vocês, até a próxima e fiquem na paz!


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Lugão Consultoria


















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