top of page
Foto do escritorThiago Lugão

Os Riscos tendem a serem qualificados abaixo/acima do que deveria


Dando continuidade à série de artigos sobre Gestão de Riscos em Projetos (GRP), hoje iremos abordar o primeiro dos dezesseis tópicos sobre o tema “Problemas no processo de Gestão de Riscos”. Cada semana irei abordar uma causa, destas 16 escolhidas por mim como as principais.



Então vamos lá:


Quero começar este documento com a mesma frase inicial que utilizei em um artigo sobre estimativa de durações de atividades: Planning Poker (caso queira saber mais, clique na palavra destacada).


Se tem algo em que todos nós somos péssimos é em estimar, principalmente esforço. Porém, todo início de projeto é necessário estimar as durações das atividades em um cronograma. Geralmente na construção civil, o planejador utiliza-se de composições e índices de produtividade, dados históricos ou a opinião de um especialista sênior da empresa. Quando o nível de maturidade em gerenciamento de projetos na companhia é alto, vemos as estimativas sendo amparadas por ferramentas de estatística, como análise de Monte Carlo. Caso queira saber um pouco mais sobre este método, acesse: Montecarlo.


Porém, como disse no parágrafo anterior, o ser humano é péssimo em estimar. Entretanto é excelente em comparação. Já percebeu que estamos o tempo todo comparando situações? Comparamos relacionamentos, coisas que gostamos, celebridades, carros, apartamentos, etc.


Sabendo desta limitação humana, cabe ao facilitador das reuniões de gestão de riscos utilizar um método que qualificação que retire da equipe de projeto as melhores informações. Aliado a esta situação, também temos a questão das experiências passadas de cada integrante e a própria percepção de risco dos membros da equipe. Ou seja, num ambiente de qualificação dos riscos, temos o ser humano que é ruim em estimar, potencializado pela subjetividade de cada um. Podemos dizer que não é um cenário ideal ou de conforto.


Por este motivo, é necessário que o método utilizado para qualificação dos riscos, tente retirar o máximo a subjetividade dos integrantes e homogeneizar as qualificações imputadas a cada risco identificado. Em minhas reuniões de gestão de riscos, costumo levar tabelas onde busco padronizar as qualificações, sem retirar a criatividade e experiência com projetos passados trazidas por cada membro. É necessário que, quando um membro diz que um risco tem probabilidade baixa, ele qualifique isto de acordo com um parâmetro, uma métrica. E essa métrica é conseguida por meio da comparação com uma tabela pré-definida. Por exemplo, podemos dizer que um risco tem probabilidade baixa de ocorrência, por que pela tabela, um risco baixo é aquele que nunca foi presenciado em um projeto similar. Um risco possível, é aquele que já foi presenciado em um projeto naquela indústria, e um risco moderado é aquele que além de ter sido presenciado por algum membro da equipe, ele poderá ocorrer mais de uma vez no projeto. Veja um exemplo de tabela que poderá ser utilizada para padronizar estimativas:



Como podem perceber, de nenhuma forma a tabela visa esterilizar a criatividade do grupo, mas sim auxiliar na estimativa por meio da comparação. Ela tende inclusive a criar um ambiente de discussão, onde ideias e experiências serão colocadas ao grupo.


Portanto, sejam criativos na hora de conduzir uma reunião de gestão de riscos e lembrem-se que uma boa tabela poderá conduzir sua reunião ao êxito, enquanto uma tabela mal elaborada poderá dispersar a equipe. Costumo dizer, que é melhor levar uma tabela mau feita do que nada, pois esta será objeto de críticas e discussões, criando um ambiente fértil para a criatividade.


Queridos leitores, espero que tenham gostado do assunto de hoje. Meditem no que foi escrito neste artigo e deixe a opinião dos senhores nos comentários.


Na próxima semana iremos entrar em outro tema dentro das principais causas que impactam o processo de gestão de riscos: Confusão entre Risco e problema!


Aguardo vocês, até a próxima e fiquem na paz!

Lugão Consultoria


Abaixo segue o Link dos Temas já abordados sobre o assunto: Gestão de Riscos em Projetos



1- Tópicos interessantes sobre Riscos;


2- Profissional de Riscos;


3- Processo de Gestão de Riscos;


4- Problemas no processo de gestão de Riscos.

76 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page